Presença Missionária no Amazonas
Provincia Brasile Caxias do Sul
Inserita il: 05/12/2016
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Do dia 9 de novembro a 1 de dezembro de 2016, nós, Ir. Amelzia Soledade Dias (Província Padre Alberione) e Ir. Suzimara Barbosa de Almeida (Província Jesus Bom Pastor) vivemos mais uma vez a experiência de colaboração missionária com a Paróquia Santo Agostinho, em Pauini-AM, Prelazia de Lábrea, dando continuidade à missão que foi realizada em fevereiro deste ano com uma equipe maior das duas províncias brasileiras.
Desta vez, além de realizar um encontro vocacional de dois dias com quatro jovens do local, vivemos outras experiências pastorais. Juntamente com a Pastoral da Juventude tivemos a graça de participar da linda iniciativa da Paróquia, na qual durante o ano todas as comunidades e pastorais realizaram a peregrinação rumo à Porta Santa da Misericórdia, passando por todas as comunidades da cidade.
Nos dias 12 e 13 de novembro participamos da Assembleia Paroquial e pudemos conhecer mais profundamente a realidade daquela Paróquia. Sentimos uma Igreja que, apesar da pobreza de recursos materiais, é viva, cheia de espírito missionário, em busca de atualizar no seu chão as prioridades da Igreja no Brasil: iniciação cristã dos adultos, Missões Populares e setorização. Destacamos também a forte presença e atuação dos leigos e leigas. Para nós a Assembleia foi uma riqueza e uma oportunidade de muito aprendizado na escuta da realidade, de partilha da vida e preocupações pastorais com os leigos e com os freis Agostinianos, compreendendo melhor seus anseios, desafios e necessidades na evangelização.
Após a Assembleia, nos dias 13 a noite até o dia 15 à tardinha, ajudamos na formação anual das lideranças ribeirinhas. Nós, irmãs, juntamente com os leigos e freis, trabalhamos diversos assuntos preparando as lideranças para desenvolverem sua missão anual em suas comunidades locais: Evangelho de Mateus, fundamentos da Fé Cristã, Campanha da Fraternidade 2017, liturgia e cantos, entre outros. Também os líderes ribeirinhos puderam votar suas prioridades pastorais para o ano. Foi duro perceber que a falta de recursos materiais é o que mais impende a ação evangelizadora e a presença dos Freis junto às comunidades: apenas uma missa por ano na grande maioria dos locais.
Após a formação partimos juntamente com o Frei Artenildo, com Valdemir, comandante do barco e duas jovens: Daniele e Gina Rosa, para uma “desobriga” (visita anual dos Freis para os sacramentos) no Rio Purus de cima, convivendo e celebrando com as comunidades indígenas e Ribeirinhas. Em cada comunidade foram realizadas visitas e momentos formativos e/ou orantes, preparação e realização dos diversos sacramentos: batismo, eucaristia, crisma, matrimonio, reconciliação.
Visitando as comunidades ribeirinhas sentimos pulsar nós o coração misericordioso de Jesus Bom Pastor que tem compaixão pelo seu povo carente de tudo. Marcou-nos e foi escola para nós a fé profunda, a acolhida, a partilha de tudo. Tocou-nos a realidade de carência de saúde, remédios, educação. Um povo com sede de Deus e necessitado de formação cristã. Sentimos um contraste muito grande entre a riqueza exuberante da Amazônia e a pobreza e falta de recursos em que vivem os mais pobres ao longo do rio.
Sentimos que a missão desta vez ampliou aquela realizada no mês de fevereiro e nos possibilitou entrar mais profundamente na realidade local, pois pudemos experimentar outras situações e ver outros desafios pastorais e missionários. Pedimos ao Senhor da messe que envie missionários para sua messe, abençoe a luta dos Freis Agostinianos que tanto se doam na missão nesta Prelazia, sobretudo os Freis Joseph, Artenildo e Laercio, pelo espírito missionário e pela vida doada com tanto empenho pastoral em Pauini. É duro constatar a luta para manter a atividade pastoral em andamento e a dificuldade de nem sempre poder marcar mais presença junto às comunidades ao longo do ano, pela falta de recursos materiais para levar adiante tão desafiadora missão. Rogamos que possa crescer sempre mais a sensibilidade missionária e a partilha entre as diversas Igrejas locais em nosso Brasil, para que o Evangelho possa continuar sendo anunciado. Como Irmãs Pastorinhas, esperamos poder continuar dando da nossa pobreza, colaborando ainda com este povo sedento por nossa presença.
Depoimentos:
Na experiência vivida com as Irmãs Pastorinhas tive a oportunidade de conhecer mais um pouco dos trabalhos realizados com as pessoas mais carentes da Palavra de Deus. O que mais me marcou dos momentos vividos foi ver o sofrimento de muitas pessoas e a necessidade que elas têm de pessoas que realmente abracem com amor a Palavra de Deus e a levem aos pequeninos. (Daniele do Santos Batista)
Para mim a vivência da missão na “desobriga” foi uma experiência muito rica, tudo para mim foi aprendizado. O que mais me marcou foi a convivência entre nós da equipe no barco, a alegria, também a vivência com as pessoas, com as famílias ribeirinhas e indígenas; muitas vivem em extrema pobreza.
Jamais vou esquecer essa experiência vivida nestes dias. (Gina Rosa)
Obrigado irmãs pelo carinho de vocês pelo povo, sobretudo os irmãos ribeirinhos. A alegria de vocês contagiou as vidas daquele povo que "sofre", e muitas vezes sente a falta de um sorriso e carinho e isso eu senti que vocês dedicaram bastante a eles e mesmo em meio às mordidas dos insetos vocês não perderam o sorriso e a alegria para com eles... é disso que o nosso povo precisa, e vocês ajudaram a sentirem-se mais pessoas.
Obrigada por tudo o que fizeram. (Frei José Artenildo)
Irmãs Amelzia Soledade Dias e Suzimara Barbosa de Almeida
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Johanny
23/12/2016 | 05:24
Que alegria; saber de las iniciativas misioneras que hacen concreta la presencia del Buen Pastor en medio de los mas alejados. Felicidades hnas.
Maria Hetzler
09/12/2016 | 01:45
Que lindo! Parabéns pela coragem em lançar-se. "É dando que se recebe"... Mais: Dar sem pretensão alguma, é Divino!
Rita Nardon
05/12/2016 | 17:25
Auguri per questa bella esperienza apostolica. Mi piacerebbe tanto poter leggerla in lingua italiana, come gradirei anche la traduzione delle altre iniziative riportate in altre lingue che non sia l'italiano. Grazie. Sr Rita Nardon
